"Nem tempo.. nem lugar.. nem a sorte.. nem a morte podem dobrar os mais insignificantes dos meus desejos, o mínimo que seja."

domingo, 16 de dezembro de 2012

Sozinho.


E ele estava lá, sentado em meio a várias cadeiras vazias. O olhar tão distante quanto as lembranças que se perdiam dentro da dor da despedida. O tempo parou por uma apressada tarde, a luz rapidamente também o deixou. Não havia mais ninguém, nenhum abraço ou palavras. Estava sozinho, megulhado num sentimento que era incapaz de expressar. Sua vida acabara de tomar um novo rumo, com um fim e um possível recomeço. Ainda não estava disposto a descobrir o que aconteceria quando ousasse levantar daquela cadeira, porque ali era o único lugar conhecido e aconchegante para aquele momento. Seus pensamentos buscavam uma linha histórica do tempo, tentando entender como acabara ali, naquela situação, sozinho sobre aquele túmulo. Mas quem sabe o dia nasceria com um pouco mais de brilho.
Quem sabe...

Lua Alves

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