Estava explorando blog's quando encontrei uma crítica em relação a uma música do Teatro Mágico, de composição do Fernando Anitelli, relacionada a vida humana.. a nós... e aos insetos interiores que temos..
"Hoje pensando sobre alguns fatos da vida, e analisando determinadas atitudes de pessoas que convivem comigo no meu dia-a-dia, me recordei de uma musica do Fernando Anitelli chamada de Insetos Interiores quando é dito o seguinte:
"Existem milhões de insetos almáticos.
Alguns rastejam, outros poucos correm.
A maioria prefere não se mexer.
Grandes e pequenos.
Redondos e triangulares,
de qualquer forma são todos quadrados."
É evidente analisar que quando o autor narra este "poema" deixa explicitamente claro a sua critica sobre os mais variados tipos de personalidades, atitudes e deselegancias cometidas por nós seres humanos. Somos frutos de uma micigenação estrondosa, assumimos heranças genéticas dos mais variados tipos e raças, e herdamos com elas as suas mazelas, enraizadas na cultura urbanizada, que aliena e fecha o ser humano num ciclo de individualismo e reclusa, que sobre determinados assuntos da sociedade fazemos aquilo que é relatado na musica: "A maioria prefere não se mexer" assumimos as mais variadas formas, nos escondemos atrás de mascaras, que não mostram nosso verdadeiro eu, somos a cada novo instante portadores de atitudes que não são nossas, infelizmente nos tornamos mais um com a massa, enfim nossa pluralidade e jogo de cintura na maioria das vezes não recebe o titulo de virtude, e somos sim quadrados...
"Descompromissados com o próprio rumo.
Desprovidos de caráter e coragem,
Desatentos ao próprio tesouro...caem.
Desacordam todos os dias,
não mensuram suas perdas e imposturas.
Não almejam, não alma, já não mais amor.
Assim são os insetos interiores. "
Não sabemos onde queremos chegar, nos tornamos individuos sem perspectivas, e pior depositamos nossos sonhos no famoso "ouro de tolo", aquele que em historias infantis enche os olhos dos ambiciosos, mas que no fim não possui valor algum.
Não possuimos mais caráter algum, até nossas boas atitudes são realizadas com a esperança de algo em troca, não há mais amor, solidariedade, dedicação, só interesse, arrogancia e prepotencia, todos os dias pessoas e mais pessoas vão acordando de seus sonhos, deixando de lado todos os principios que ganharam das gerações passadas, menos pessoas possuem ambição de transformção e assim "Os insetos interiores proliferam-se, Na morte e na merda".
Dessa forma "Para eles, tudo é capaz de ser impossível."
By Jhol
A letra completa da música:
A Metamorfose ou Os Insetos Interiores ou O Processo
Composição: Fernando Anitelli
Notas de um observador:
Existem milhões de insetos almáticos.
Alguns rastejam, outros poucos correm.
A maioria prefere não se mexer.
Grandes e pequenos.
Redondos e triangulares,
de qualquer forma são todos quadrados.
Ovários, oriundos de variadas raízes radicais.
Ramificações da célula rainha.
Desprovidos de asas,
não voam nem nadam.
Possuem vida, mas não sabem.
Duvidam do corpo,
queimam seus filmes e suas floras.
Para eles, tudo é capaz de ser impossível.
Alimentam-se de nós, nossa paz e ciência.
Regurgitam assuntos e sintomas.
Avoam e bebericam sobre as fezes.
Descansam sobre a carniça,
repousam-se no lodo,
lactobacilos vomitados sonhando espermatozóides que não são.
Assim são os insetos interiores.
Alguns rastejam, outros poucos correm.
A maioria prefere não se mexer.
Grandes e pequenos.
Redondos e triangulares,
de qualquer forma são todos quadrados.
Ovários, oriundos de variadas raízes radicais.
Ramificações da célula rainha.
Desprovidos de asas,
não voam nem nadam.
Possuem vida, mas não sabem.
Duvidam do corpo,
queimam seus filmes e suas floras.
Para eles, tudo é capaz de ser impossível.
Alimentam-se de nós, nossa paz e ciência.
Regurgitam assuntos e sintomas.
Avoam e bebericam sobre as fezes.
Descansam sobre a carniça,
repousam-se no lodo,
lactobacilos vomitados sonhando espermatozóides que não são.
Assim são os insetos interiores.
A futilidade encarrega-se de maestra-los.
São inóspitos, nocivos, poluentes.
Abusam da própria miséria intelectual,
das mazelas vizinhas, do câncer e da raiva alheia.
O veneno se refugia no espelho do armário.
Antes do sono, o beijo de boa noite.
Antes da insônia, a benção.
São inóspitos, nocivos, poluentes.
Abusam da própria miséria intelectual,
das mazelas vizinhas, do câncer e da raiva alheia.
O veneno se refugia no espelho do armário.
Antes do sono, o beijo de boa noite.
Antes da insônia, a benção.
Arriscam a partilha do tecido que nunca se dissipa.
A família.
São soníferos, chagas sem curas.
Não reproduzem, são inférteis, infiéis, (in)vertebrados.
Arrancam as cabeças de suas fêmeas,
Cortam os troncos,
Urinam nos rios e nas somas dos desagravos, greves e desapegos.
Esquecem-se de si.
Pontuam-se
A família.
São soníferos, chagas sem curas.
Não reproduzem, são inférteis, infiéis, (in)vertebrados.
Arrancam as cabeças de suas fêmeas,
Cortam os troncos,
Urinam nos rios e nas somas dos desagravos, greves e desapegos.
Esquecem-se de si.
Pontuam-se
A cria que se crie, a dona que se dane.
Os insetos interiores proliferam-se assim:
Na morte e na merda.
Os insetos interiores proliferam-se assim:
Na morte e na merda.
Seus sintomas?
Um calor gélido e ansiado na boca do estômago.
Uma sensação de: o que é mesmo que se passa?
Um certo estado de humilhação conformada o que parece bem vindo e quisto.
É mais fácil aturar a tristeza generalizada
Que romper com as correntes de preguiça e mal dizer.
Silenciam-se no holocausto da subserviência
O organismo não se anima mais.
E assim, animais ou menos assim,
Descompromissados com o próprio rumo.
Desprovidos de caráter e coragem,
Desatentos ao próprio tesouro...caem.
Desacordam todos os dias,
não mensuram suas perdas e imposturas.
Não almejam, não alma, já não mais amor.
Assim são os insetos interiores.
Um calor gélido e ansiado na boca do estômago.
Uma sensação de: o que é mesmo que se passa?
Um certo estado de humilhação conformada o que parece bem vindo e quisto.
É mais fácil aturar a tristeza generalizada
Que romper com as correntes de preguiça e mal dizer.
Silenciam-se no holocausto da subserviência
O organismo não se anima mais.
E assim, animais ou menos assim,
Descompromissados com o próprio rumo.
Desprovidos de caráter e coragem,
Desatentos ao próprio tesouro...caem.
Desacordam todos os dias,
não mensuram suas perdas e imposturas.
Não almejam, não alma, já não mais amor.
Assim são os insetos interiores.
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