"Nem tempo.. nem lugar.. nem a sorte.. nem a morte podem dobrar os mais insignificantes dos meus desejos, o mínimo que seja."

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Maior Saudade.


Aos amigos, amores e familiares - Saudade.

As vezes percebo como sou cheia de saudade: De quando eu não precisava me preocupar com as minhas decisões, de quando não tinha pressa nem responsabilidades, de quando eu corria e pulava sem cansar, de quando eu só chorava por coisas bobas etc., mas minha principal saudade é de pessoas (amigos, amores e familiares).
Deve ser a idade. Com o tempo as pessoas se tornam mais importantes e as percebemos e valorizamos mais. Além do que, o tempo não para pra ninguém. Eu lembro do primeiro amigo que partiu. Foi uma dor desesperadora saber que não o veria novamente. E depois foi a vez de outras pessoas, umas mais ou menos importantes do que outras.
É algo que eu não consigo me acostumar, é difícil conviver com o vazio. Algumas pessoas fazem isso com a gente. Nos deixam aos prantos, desolados e até indignados pela forma como as coisas acontecem. Passamos também pelo 'mix' de medo e esperança (a religião ajuda muito neste ultimo). Mas o que permanece, infinitamente enquanto estamos vivos, é a saudade. 
A saudade que sinto hoje é do tipo que dói, porque apesar da esperança de ainda reencontra-los num outro plano existencial, eu sinto falta do que vivi aqui, das pessoas que me fizeram sentir o que hoje sinto falta. 
Toda essa falta levanta uma nova questão: "E se...". É a hora dos arrependimentos: "E se não tiver 'o depois', foi suficiente o 'antes'? Não, nunca é. 
Devo explicar, esse meu questionamento todo não diz respeito somente a pessoas que morreram, apesar de vim sofrendo um desfalque grande de pessoas importantes nos últimos 2 anos, mas também me refiro àquelas que partiram - porque deixamos ou porque assim quiseram.
Não sei lidar com esse sentimento, as vezes até acho que virou costume, mas é pura ilusão. Uma música, um retrato, uma lembrança vai sempre trazer a tona a saudade que lutam pra se afogar em olhos marejados (mais uma ilusão). E lá vem a esperança: Quiça eu possa um dia reencontrar os donos destas faltas, aqui ou além.
LuaAlves